Minha companheira: Esperança



[escute a música que inspirou Sobre Alguém]

O silêncio não domina o ambiente, estamos conscientes de que o barulho ecoa, tanto aqui dentro quanto lá fora, não há como manter a concentração e a atenção em tudo e em cada coisa que está na nossa volta. Não há quem consiga silenciar essa barulheira toda, nem o fone mais potente consegue nos desligar do mundo lá fora, isso tudo é tão perturbador. Será que tem como fugir?

Caminhei, corri, me escondi, tive algumas pistas de como ficar no silêncio e no escuro, isolada de todo mundo para colocar meus pensamentos em ordem e achar soluções, criar novos dilemas, porém está tudo tão no automático que as pistas se perderam no vento com o tempo. Pra falar a verdade, nem sei como ainda estou aqui, preciso repor as energias, encontrar o meu eu, saber quem sou, ver se é isso mesmo o que eu quero e pretendo. 

O tempo não vai esperar, ninguém vai me esperar, quem é que gosta de esperar, não é mesmo? Não gosto de esperar, não quero mais e nem posso ficar no aguardo de algo que não sei o que é, tem dias que até tento imaginar, mas nada de muito concreto vem. Talvez seja o bloqueio, não é o criativo, ele ainda me faz companhia, é a esperança que se esvai pelos dedos, que foge do pensamento diário, por isso do bloqueio sem nome. 

Prefiro continuar na busca de como ficar no silêncio, em silêncio, manter a concentração, continuar usando o mantra: "não absorve, apenas abstrai", e tentar ficar na companhia dela, que é minha companheira há anos, a linda e bela esperança. 

Comentários

  1. Que linda essa crônica. Também acho que o melhor é se manter em silêncio para muitas questões que não vai valer à pena ficar gastando palavras. Fora isso... só seguir, abstraindo e com a danada da esperança.
    Beijos!
    Monólogo de Julieta

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