A impotência da nossa geração

imagem: weheartit

Fechei os olhos e fiquei pensando em tudo o que já vivi até aqui e que não será dessa vez que vou abaixar a minha cabeça para deixar que o fracasso junto do derrotismo tome conta de mim. Tenho que ter mais coragem pra seguir em frente, mais calma para lidar com todos os acontecimentos, paz pra poder deitar a minha cabeça no travesseiro todos os dias para ter uma noite de sono tranquila e o mais importante: sossego para conter o meu desespero e todos os sintomas de ansiedade que me atrapalham diariamente.

Estava de olhos abertos em outro instante, conseguindo enxergar com mais clareza tudo o que estava acontecendo ao meu redor. Não era uma realidade muito agradável, mas percebi que preciso viver, é o aprendizado que vai ficar que valerá pro resto da vida pra um dia eu poder rir de tudo isso e ver que todo o desespero foi totalmente em vão.

Com 15 anos não sabemos nada da vida e com 24 percebo que sei muito menos. Com mais educação e discernimento percebo que não adianta querer correr contra o tempo como se tivesse em uma competição sem fim com pessoas que nem conheço. E mesmo que conhecesse, não estou participando dessa competição automática que já nascemos fazendo parte. 

Praticar a competitividade o dia todo, o tempo todo não é saudável. Pra falar bem a verdade eu não preciso disso e você também não precisa disso. Ter mais ou menos que o coleguinha do lado não faz de você melhor e nem pior do ele. 

É tudo uma questão de saber o seu limite, até que ponto isso não está te fazendo bem e cortar tudo que te mostre coisas e pessoas que alimentem essa competição que você não está participando, mas que sempre te incluem sem você pedir para que isso aconteça. 

Corte as pessoas, os aplicativos, a internet, seja lá o que for, só se livre desse sentimento de impotência por não conseguir fazer nada para mudar a sua vida da noite pro dia. Por achar que todos estão tendo sucesso na vida enquanto você fica aí jogado no sofá, se sentindo o maior fracassado, cheio de sintomas de ansiedade e uma vontade louca de chorar que nunca passa.  

Comentários

  1. quando eu era criança, essa competitividade por ter as coisas me incomodava e eu me via fazendo coisas não legais pra participar. porém, antes mesmo da adolescência chegar eu já tinha me tocado que isso só me prejudicava e desde então eu vivo de boas. há tempo para todas as coisas e não sou obrigada a correr atrás de algo que nem quero de verdade.
    lembre-se disso sempre: não corra atrás de coisas só porque a maioria tá fazendo. não queira saber tudo de uma vez. você é maravilhosa e inspiradora.

    beijas, Diva.

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    1. Fico tão feliz quando tu vem me visitar aqui e deixa palavras tão carinhosas. Tu me dá motivação pra continuar a escrever e não é de hoje.
      Estou em processo de aprendizagem pra não me deixar abalar mais por causa desse tipo de situação.
      Obrigada pelo carinho <3
      Beijos linda!

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  2. Oi Nati, que texto maravilhoso!
    Eu nunca gostei muito dessa competitividade, que acredito era mais forte na minha pré-adolescência e adolescência.Parecia que todo mundo tinha ter x produto, da marca x, se não você não era ninguém. E isso ia além de produtos, ia até a aparência, o número de festas comparecidas, o numero de pessoas que ficava, etc, etc, etc. Parecia não ter fim nunca. Mas já faz um tempo que aprendi, não vale à pena fazer algo que nos sentimos desconfortáveis só para tentar ser aceitos. O mais importante é nós nos aceitarmos, antes de todo mundo.
    Beijão.

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    1. Tu falou a mais pura verdade, tenho que me aceitar antes de todo mundo. E não vale a pena fazer parte dessa competição que não me faz bem.
      Obrigada pelas visitas e principalmente pelo carinho.
      Beijos

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