Como deveria ser

Escrever sempre foi a melhor coisa desde os quinze anos. Logo que fiz o blog escrevia sem parar sobre um monte de coisas praticamente um diário, chegava a chorar escrevendo tudo o que sentia. No começo não sabia o que escrever direito, quando não tinha inspiração, postava músicas que eu gosto e poemas que achava pela internet. Depois começaram os selos, que uma blogueira indicava um número x de blogueiras para postar e assim sucessivamente até alguém não repassar e quebrar um dos laços dessa corrente. A blogosfera ficou assim por um tempo, blogs pessoais que as pessoas não sabiam muito bem o que postar. Até que surgiram ou ficaram mais famosos, os blogs de moda, literários e de humor, monetizaram - os completamente e virou profissão. Com isso a importância dos blogs pessoais cairam um pouco, talvez perderam a graça e o que vale mais hoje em dia é a roupa que as blogueiras vestem, a maquiagem que usam, os lugarem que vão viajar, as coisas que compram e os livros que leem, na verdade virou um diário reformulado. 

Ter um blog é sentimento pela escrita, gostar do que faz e se dedicar para conquistar mais seguidores, óbvio que cada um defende seu segmento, eu defendo o pessoal, isso engloba escrever e falar sobre tudo o que eu gosto, mesmo que nos últimos dias, semanas, meses e anos eu não esteja tão animada assim para escrever. Na verdade estou cansada, não sei se conseguem me entender. Sei que é comum e todo mundo faz, trabalhar e estudar, mas nas minhas horas vagas, durmo, não tenho nem cabeça pra estudar e muito menos inspiração para escrever. Estou contradizendo - me, pois cheguei em casa as vinte e três horas e agora são uma hora da madrugada e estou no escuro do meu quarto, toda errada na cama escrevendo esse texto que surgiu do nada. Esses são os momentos que temos que aproveitar já que são raros. 

Toda blogueira, tantos as antigas quanto as iniciantes, acho que a maioria, melhor eu falar de mim, fica mais bonito. Sonhava em ser uma blogueira famosa, dessas que a profissão é apenas o blog, tipo a Bruna Vieira, que escreveu 4 livros, mora em SP e agora comprou um sítio pra trazer a família de Leopoldina, acho que todo mundo da blogosfera conhece ela. Ninguém quer ser uma blogueira desconhecida, sem seguidores, leitores e altos números de visitas diárias, a maioria fez um canal no youtube. Ninguém quer se empenhar em algo e não sair do zero, trabalhar pros outros e não receber o justo. Todos da blogosfera querem monetizar seu conteúdo o mais rápido possível, porque é melhor trabalhar, produzir, investir tempo e criatividade, e ver o resultado para orgulhar - se disso do que trabalhar para um desconhecido o mês todo e não ser valorizado como realmente deve ser.

Porém com o passar do tempo você vai vendo que tem que manter o mesmo pique todos os dias, o tempo todo e saber fazer a receita do bolo corretamente, mas não é assim, pelo menos comigo não é assim. Agora to escrevendo isso tudo, mas amanhã não sei se vou ter vontade ou inspiração para escrever e também não sei se alguém vai ler tudo isso que escrevi, mas enfim, o que importa é escrever. 

Tinha um tempo que eu me importava muito com os números do blog, hoje não me importo mais, o que mais importa é escrever, colocar pra fora o que incomoda, atormenta e sufoca. Expor a tua opinião, a minha.
Agora tá na hora de dormir, amanhã de manhã uma aula de lógica me espera. 


Comentários

  1. Sabe por muitas vezes também já me senti assim, meu blog que teve inicio lá em 2009, já vimos tantas coisas. momentos nessa blogues fera.Mas que aqueles, assim como você, eu fazia de um diário pessoal, que escrevíamos o que sentimos, o que tínhamos necessidades, com o passar do tempo foi perdendo a essência,a inspiração, a vontade de escrever.
    E vimos muitos blogs, se tornar de moda, dicas de livros, makes e os textos se perdendo as poucos. Junto com ele levando o nosso tempo, ah que saudades dos tempos antigos.
    Hoje eu também me encontro na situação em que a minha vida mudou, e que as vezes eu sinto falta da escrita, e do que vale os números de comentários do que poucas pessoas comentam mas que no fundo tu sabe quando a pessoa realmente leu, e comentou com vontade não só por uma retribuição e novamente números. Entre se tornar repetitivo, hoje raramente eu consigo escrever.E sinto eu sinto falta pois só quem sabe como era bom essa fase! (...)

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