Pra quando você voltar



Quando você voltar eu não estarei aqui no meio de toda essa bagunça, sentada em um banco de madeira te esperando com um sorriso no rosto como se nada tivesse acontecido. Terei partido e levado só o que foi comigo, o que aconteceu entre nós dois, as lembranças boas que quero guardar pra sempre do lado esquerdo do peito. 

De um jeito ou de outro, foi tudo tão bom e tão gostoso que queria dar replay só nesses momentos pra reviver tudo em um looping infinito e bem redundante. Não que as coisas que me disse antes de ir não tivessem sido o bastante, pra falar a verdade não foram suficientes para me convencer de que tudo iria ficar bem no fim. 

O fim, este que já chegou várias vezes e veio de braços abertos de encontro a mim, com um sorriso bem largo, como se isso fosse bom. Naquele instante não era bom, queria que fosse bom, que ficasse, que estivesse, mas não era pra ser. Ele queria me alertar com aquele sorriso de que seria bom, no futuro, se transformaria em um belo e grandioso aprendizado que levaria na minha mala pra vida inteira. 

Era tudo uma grande besteira, como correr na direção contrária da esteira, não chegaria a lugar algum, o peso nas costas de uma relação falida não iria diminuir. Bater na mesma tecla mais de uma vez faz com que vejamos coisas que não percebíamos antes, em parte é burrice ficar insistindo, porém quando o coração fala pra mente que amamos aquela pessoa, continuamos querendo. 

Infelizmente aprendemos das piores maneiras a nos amar mais e deixar quem não nos faz bem pra trás. Nesses momentos não há muito o que fazer, além de chorar e escrever. 

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